Nome usual: Cação Mangona
Nome científico: Carcharias
taurus
Lembrando que cação e tubarão são a mesma coisa, cação é o nome comercial do tubarão.
Lembrando que cação e tubarão são a mesma coisa, cação é o nome comercial do tubarão.
Essa semana um tubarão foi pego no lado sul da cidade de
Balneário Arroio do Silva em Santa Catarina. Conhecido como tubarão cinza,
mangona, ou cação mangona.
Na reportagem o pescador fala que é um animal agressivo,
que ataca seres humanos. Não me espanta as pessoas terem a visão de que o
tubarão é um monstro, afinal os filmes e a mídia faz esse papel de não
conscientizar sobre a importância dessa espécie.
Mas o que espanta é ver a mídia local fazer fotos do
pescador com seu troféu como um peixe grande, sendo que já existe uma lei que
proíbe a pesca desse animal.
Desmitificando os fatos, venho aqui falar como
profissional de ciências biológicas.
Essa espécie está na lista dos animais vulneráveis e propensos a entrar em extinção.
Essa espécie está na lista dos animais vulneráveis e propensos a entrar em extinção.
Ele é considerado dócil, e tem hábitos noturnos o que o
faz ficar longe dos seres humanos, que afinal estão no habitat dele e não o
contrário.
Primeiramente venho citar a importância dos tubarões nos
ecossistemas marinhos.
Todos os tubarões são peixes e sua
existência na terra data de aproximadamente 450 milhões de anos, tempo esse quase
inimaginável.
O Homo sapiens (ser
humano moderno) surgiu na terra há cerca de 400 mil anos, aproximadamente. Isso
quer dizer que o tubarão já nadava pelos oceanos há 449 milhões e 600 mil anos
antes de nossa existência.
Alguns cientistas consideram os tubarões como fósseis vivos, o que significa que tiveram poucas características evolutivas alteradas ao longo desses 450 milhões de anos.
Alguns cientistas consideram os tubarões como fósseis vivos, o que significa que tiveram poucas características evolutivas alteradas ao longo desses 450 milhões de anos.
Os tubarões estão no topo da cadeia
alimentar isso significa que ele controla as populações de várias espécies
equilibrando assim os ecossistemas marinhos.
São instrumentos de seleção natural
eliminando as espécies mais lentas ou doentes.
Os registros de ataques de tubarão dessa
espécie não foram encontrados, tubarões não atacam seres humanos, somente se o seu
habitat for invadido de forma agressiva para a pesca predatória. Ou se ele estiver com escassez de alimento, o que só acontece devido as ações dos seres humano.
O tubarão
mangona é o maior tubarão de nossas águas, alcança pesos de até 180
quilos e alcança mais de 3 metros e comprimento. Este tubarão pertencente à família Odontaspididae.
Possui baixa fecundidade, 1 ou 2 filhotes a
cada 2 anos.
Vive de forma solitária, mas pode formar grupos. Nos
meses mais quentes, preferem águas claras e rasas com profundidade entre 2 e 25
m. Ocorre em todos os oceanos. No Brasil, são mais comuns nas regiões Sudeste e
Sul.
Esta espécie possui hábitos noturnos e alimenta-se
de pequenos peixes, pequenos cações, raias lulas, caranguejos e lagostas. Considerado
dócil, movimenta-se de vagar o que o torna uma presa fácil para os seres
humanos.
Legislação
A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas
atribuições, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.683, de 28 de maio de
2003, nos Decretos no 6.101, de 26 de abril de 2007, e na Portaria no 43, de 31
de janeiro de 2014, resolve: Art. 1o Reconhecer como espécies de peixes e
invertebrados aquáticos da fauna brasileira ameaçadas de extinção aquelas
constantes da "Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de
Extinção - Peixes e Invertebrados Aquáticos" - Lista, conforme Anexo I
desta Portaria, em observância aos arts. 6o e 7o, da Portaria no 43, de 31 de
janeiro de 2014.
Lista completa
das espécies protegidas por lei:
Os exemplares
capturados de forma acidental terão que ser "obrigatoriamente devolvidos ao
mar, vivos ou mortos", segundo a lei publicada no diário da união.
Aline Ranacoski
Soares
Bacharel e
Licenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte:
<ministeriodomeioambiente
> Acesso em: 13 de janeiro de 2016.
Respeitar a natureza é respeitar a nós mesmos.
Respeitar a natureza é respeitar a nós mesmos.