Estima-se que o planeta Terra surgiu há aproximadamente 4,6
bilhões de anos e que, durante muito tempo, permaneceu como um ambiente
inóspito, constituído por aproximadamente 80% de gás carbônico, 10% de metano,
5% de monóxido de carbono, e 5% de gás nitrogênio. O gás oxigênio era ausente
ou bastante escasso, já que sua presença causaria a oxidação e destruição dos
primeiros compostos orgânicos – o que não ocorreu, propiciando mais tarde o
surgimento da vida.
Nosso planeta foi, durante muito tempo, extremamente quente em
razão das atividades vulcânicas, jorrando gases e lava; ausência da camada de
ozônio; raios ultravioletas, descargas elétricas e bombardeamento de corpos
oriundos do espaço. Sobre isso, inclusive, sabe-se que a maioria do carbono e
de moléculas de água existentes hoje foi parte constituinte de asteroides que
chegaram até aqui.
Foi esta água que permitiu, ao longo de muito tempo, o
resfriamento da superfície terrestre, em processos cíclicos e sucessivos de
evaporação, condensação e precipitação. Após seu esfriamento, estas moléculas
se acumularam nas depressões mais profundas do planeta, formando oceanos
primitivos.
Agregadas a outras substâncias disponíveis no ambiente,
arrastadas pelas chuvas até lá; propiciaram mais tarde o surgimento de
primitivas formas de vida. Muitas destas substâncias teriam vindo do espaço,
enquanto outras foram formadas aqui, graças à energia fornecida pelas descargas
elétricas e radiações.
Um cientista que muito contribuiu para a compreensão de alguns destes
aspectos foi Stanley Lloyd Myller, que, em 1953, criou um dispositivo que
simulava as possíveis condições da Terra primitiva; tendo como resultado final
a formação de moléculas orgânicas a partir de elementos químicos simples.
Experimento de Myller
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